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Apneia Obstrutiva do Sono: causas, sintomas e tratamentos

A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma doença que ocasiona parada respiratória, que pode se repetir várias vezes durante o sono, por um curto período de tempo. Fator que compromete o sono reparador, e pode acarretar em diversos problemas de saúde.

A obstrução parcial ou total da respiração ocorre quando há um relaxamento maior da musculatura do pescoço, da boca, e a base da língua, obstruindo a glote, impedindo a entrada de oxigênio e a saída de gás carbônico (CO2).

Para entender melhor como a Apneia do sono é prejudicial à saúde, explicaremos abaixo como se desenvolve as fases do sono e os impactos no organismo quando sofre interferência por um longo período. 

Como a apneia interfere nas fases do sono? 

Uma boa noite de sono é fundamental para que possamos repor as nossas energias e regular o metabolismo. Quando temos um sono de qualidade, passamos por 5 estágios:

•Estágio 1: transição de vigília para o sono. Fase de leve sonolência, com duração em média de 15 a 20 minutos;

•Estágio 2: início do sono mais pesado, com facilidade de despertar;

•Estágio 3: início do sono profundo e da recuperação fisiológica. A partir dessa fase há um maior controle de hormônios;

•Estágio 4: sono profundo com diminuição da frequência cardíaca  e da pressão arterial;

•Estágio 5: sono REM. Fase onde há sono restaurado e os sonhos acontecem. O corpo fica imóvel e apenas os olhos se mexem. 

A pessoa que sofre com apneia do sono, não possui um sono de qualidade, uma vez que a partir do estágio 3, quando há um maior relaxamento muscular, para que a energia corporal seja poupada, há obstrução da passagem de ar pela epiglote, fazendo com que a desperte ou volte para o estágio inicial do sono.

Sintomas e causas da apneia do sono

 

Um dos principais sintomas apresentados por quem sofre com a síndrome da apneia é o ronco. Mas veja bem a diferença: nem  todas as pessoas que roncam possuem apneia, mas todas as pessoas que a têm, roncam.

Além do ronco, o paciente pode apresentar os seguintes sintomas: 

•Acordar cansado;

•Irritabilidade, com uma mudança de humor frequente;

•Sonolência diurna excessiva;

•Falta de atenção e concentração;

•Desconforto no pescoço e garganta seca ao acordar, dentre outros sintomas.

A síndrome da apneia apresenta sintomas que podem ser confundidos com outros fatores, e dificilmente o próprio indivíduo terá a percepção da doença.

Não se tem ainda uma causa definida para essa síndrome, mas existem alguns condições que aumentam a probabilidade de desenvolver a apneia.

•Obesidade: esse é um importante fator de risco, por isso é  interessante sempre acompanhar  o seu Índice de Massa Corporal (IMC). Acima de 25 já está numa condição de alerta. Mas isso não impede das pessoas com IMC adequado sofrerem com a síndrome.

O cálculo do IMC é feito dividindo o peso pela altura ao quadrado.

 IMC= peso /altura²

•Fatores genéticos: ocorre principalmente em primeiro grau.

•Retrognatismo: quando o osso mandibular não se desenvolve adequadamente, e dificulta a passagem da respiração durante o sono.

•Hipertensão arterial: é comum em pessoas que sofrem de apneia apresentar hipertensão.

Hipertrofia de Amígdalas ou adenoides: pode ocorrer principalmente em crianças. 

Os efeitos da apneia do sono 

Se uma noite de sono perdida, já gera um desconforto para a pessoa, imagine o quanto é prejudicial para a saúde ter o sono interrompido todas as noites.

De acordo com a pesquisa realizada pela Royal Phillips (empresa voltada à tecnologia e produtos de consumo e estilo de vida), cerca de 73% dos brasileiros sofrem com doenças relacionadas ao sono, destacando a insônia em primeiro lugar, seguida da apneia.

Dentre os fatores de risco que a Apneia pode acarretar, destacam:

•Hipertensão: a obstrução parcial ou total do oxigênio e o aumento do gás carbônico afetam a regulação da pressão arterial. Em muitos casos, os efeitos da apneia no sono podem minimizar a ação de medicamentos anti- hipertensivos durante o sono.

•Problemas cardiovasculares:  a apneia aumenta a pressão arterial, os  vasos sanguíneos ficam estreitos e a frequência cardíaca acelera. Se a síndrome não for tratada, pode acarretar doenças cardíacas como a arritmia, por exemplo.

A apneia do sono é  classificada em três níveis, baseados com o resultado do Índice de Apneia e Hipopneia por hora do sono (IAH). Ou seja, é classificada de acordo com a quantidade de paradas respiratórias e o tempo de duração de cada uma delas.

A síndrome da apneia é considerada:

•Leve: quando o IAH for maior ou igual a 5 e menor ou igual a 15 por hora de sono;

•Moderada: quando o IAH for maior que 15 e menor ou igual a 30 por hora de sono;

•Grave: quando o IAH for maior que 30 por hora de sono.

Diagnóstico e tratamentos para apneia do sono 

Além dos relatos do paciente, o diagnóstico da síndrome da apneia é confirmado por meio de exames, onde é verificada a sua classificação em nível de gravidade e, assim, realizar o tratamento adequado.

Um dos exames realizados é a polissonografia que permite monitorar as atividades do paciente durante o sono, como por exemplo o funcionamento cerebral, muscular, respiratório, dentre outras funções.

O tratamento pode ser feito de diversas formas, dentre elas destacamos:

Uso de CPAP – Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas

A CPAP é um dos tratamentos mais comuns. Trata-se de uma máscara que, ligada a um compressor, fornece  de forma contínua um fluxo de ar que mantém as vias aéreas abertas durante o sono.

Uso do DAM –  Dispositivo de Avanço Mandibular

O uso do DAM  é um dispositivo semelhante a um protetor dental, que mantém  a mandíbula e a língua para frente, facilitando a respiração durante o sono. O uso desse dispositivo é indicado em diagnóstico da apneia de nível leve.

Cirurgia 

A cirurgia é indicada quando os demais tratamentos não geram resultados satisfatórios e quando o quadro da síndrome da apneia é classificado como grave.

Dentre a cirurgias para a apneia, destacam-se:

• Amigdalectomia e adenoidectomia: cirurgia de retirada das amígdalas e da adenoide para ampliar a abertura da passagem de ar no tratamento da apneia do sono.

• Uvulopalatofaringoplastia: remoção do excesso de tecido da garganta (úvula) para alargar as vias aéreas.

Mentoplastia para avanço do músculo genioglosso: este procedimento, também conhecido como “o avanço da língua”, é realizado para mover ou puxar a língua para a frente, aumentando a passagem nas vias respiratórias.

Conclusão

A Síndrome da Apneia do Sono é uma doença que pode se apresentar inofensiva, mas se não tratada, pode agravar o quadro cardiovascular, respiratório, dentre outros problemas de saúde

É indispensável estar atento aos sinais e buscar ajuda profissional para um tratamento adequado. 

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